domingo, 30 de dezembro de 2012

Prefiro ficar só...

Prefiro ficar só, a ter que dividir espaço com pessoas... falsas e mentirosas; Prefiro ficar só, a ter que dividir espaço com pessoas... com gosto musical no mínimo duvidoso e com sérios problemas auditivos e/ou carência afetiva (que não conseguem ouvir um barulho sonoro, ao qual chamam de música, sem perturbar todos a sua volta); Prefiro ficar só, a ter que dividir espaço com pessoas... que não conseguem fazer uma leitura do mundo a sua volta, que não conseguem entender que dinheiro Público só deve ser usado em propagandas e festas se a população estiver sendo atendida corretamente na saúde, educação, segurança e os demais itens previstos no artigo 5º da nossa Constituição Federal; Prefiro ficar só, a ter que dividir espaço com pessoas... se vangloriando por ter conseguido dinheiro vendendo seu voto nas eleições (nunca entendi qual a diferença entre vender o voto e vender o corpo no baixo meretrício, para mim ambas são formas de prostituição); Prefiro ficar só, a ter que dividir espaço com pessoas... que não conseguem entender que os funcionários públicos (Juizes, Promotores, Medicos, Professores, Prefeitos, Vereadores, Auxiliares Administrativos e etc...), são pagos pela população, eles são funcionários do povo, dessa forma, tem a obrigação funcional e moral de atender a todos bem, independente da cor partidária, da raça, religião, da classe social e principalmente de quanto se tem no bolso; Prefiro ficar só, a ter que dividir espaço com pessoas... que se intitulam ambientalistas, mas, nunca plantaram uma só arvore, sua ambientalidade é apenas pretexto para julgar e condenar o outro, num fato isolado da vida; Prefiro ficar só, a ter que dividir espaço com pessoas... que, por se considerarem membros de determinada religião se acham no direito de disseminar o ódio na sociedade através de seus julgamento pessoais, impróprios e totalmente parciais, esquecendo que apenas Deus conhece o coração dos homens e apenas ele é o justo Juiz que julgará a todos um dia; Prefiro ficar só, a ter que dividir espaço com pessoas... que consideram a escola como um deposito de crianças, ou um espaço para se colocar as crianças e delegar ao professor que assuma a função educativa da família, por não entenderem que o papel da escola é complementar a educação familiar e vice versa; Por tudo isso, Prefiro ficar só...

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Adolescente: para onde ir?

Em 1762, o filosofo e escritor Jean-Jacques Rousseau escreveu um grande marco na história da Educação mundial, o livro intitulado Emílio ou da Educação, trouxe uma nova visão no tocante a situação da criança, que até então era vista como adulto em miniatura.
Passados 247 anos, nos perguntamos em que situação se encontram nossos adolescentes? Que direitos tem sidos resguardados?
Neste ano comemoramos 19 anos desde a criação do Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, foram 19 anos de luta em prol da conscientização da nossa população, muitos avanços se deram quanto à concepção de criança e de adolescente, mas até que ponto podemos dizer que este é um problema superado?
Aprendemos com o Dr. Sérgio Maia , que as Instituições de amparo a Criança e ao Adolescente (abrigos), dividem-se em Públicos (governamentais) e Filantrópicos, atualmente a cidade de Natal possui aproximadamente 12 Instituições com esta finalidade, sendo feito um acompanhamento e fiscalização por parte da 1ª Vara da Infância e da Juventude.
De acordo com o ECA, no seu capítulo II, que trata das entidades de atendimento ao menor, o art. 92 parágrafo VII, mostra claramente a preocupação do legislador quanto ao momento de saída destes jovens do abrigo, quando determina uma preparação gradativa para o desligamento, bem como o art. 93 parágrafo XVIII, que obriga as entidades a manter programas destinados ao amparo e acompanhamento do egresso.
Ao visitarmos a Instituição denominada Aldeias Infantis SOS, tomamos conhecimento através da Srª. Kátia que, o adolescente tem em algumas Instituições o amparo devido, resguardados seus direitos de cidadão brasileiro. Para tanto, essa Instituição mantém casas montadas e preparadas para funcionarem o mais próximo possível de um lar convencional, os adolescente que residem na sede (Caicó), ao completar 14 anos de idade, são enviados para uma casa na cidade de Natal, aonde poderão concluir seus estudos (Ensino Médio) e participarem de cursos de extensão (profissionalizantes), bem como inserir-se no mercado de trabalho.
Em uma visita a Instituição supracitada, constatamos que, os adolescentes que lá residem, após atingirem a maioridade civil (18 anos), mantém vínculos com esta casa, inclusive um com 19 anos, que iniciou o curso de Biomedicina, permanece na condição de residente. Outro caso é de um jovem que após os 18 anos, iniciou uma graduação e só não pôde continuar lá residindo por ter casado, porém passou a receber uma quantia de R$ 300,00 (trezentos Reais), a título de ajuda de custo, garantindo assim, sua permanência na graduação.
Sabedores que isto é uma exceção a regra, indagamos o Dr. Sérgio Maia quanto à situação dos demais abrigos localizados na cidade de Natal, o panorama que nos foi passado é realmente preocupante, pois, um abrigo nos foi definido como um amontoado de crianças, sem nenhum laço consangüíneo, compreendemos que os profissionais que lá exercem suas funções, não tem nenhum grau de parentesco com os abrigados, e para piorar a situação os adolescentes não recebem nenhum tipo de preparo para após os 18 anos poderem exercer uma vida cidadã. Esperávamos encontrar uma proximidade entre estes abrigos e uma residência convencional, como determina o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, no seu artigo Art. 94. Parágrafo IV (As entidades que desenvolvem programas de internação têm as seguintes obrigações, entre outras: IV - preservar a identidade e oferecer ambiente de respeito e dignidade ao adolescente;). Assim sendo, se visitarmos um abrigo, certamente encontraremos jovens que sofreram traumas, por encontrar-se em uma situação atípica (sem lar ou família), que no seu dia-a-dia, convive com pessoas que por mais bem intencionadas que sejam, não dispõem de estrutura material para melhor atende-los.
Os abrigos são importantes como opção para tirar as crianças das ruas, porém, não servem como forma de criá-los e educá-los. Dr. Sérgio Maia nos esclareceu ainda, que o tempo ideal para que estes jovens permaneçam no abrigo deveria ser o mínimo possível, “se puder ser um dia, ótimo. O abrigo deve ser um intermediário entre a família biológica e a adotiva”. A partir deste ponto chegamos ao ponto nevrálgico da questão, uma vez que os adolescentes que nos abrigos se encontram, não chegaram adolescentes. Mas, por que existem crianças e adolescentes em abrigos?
Concluímos que os principais motivos do abrigamento da população infanto-juvenil são: a carência de recursos materiais da família, abandono pelos pais ou responsáveis e orfandade (falecimento do responsável).
Assim sendo, a adoção poderia significar uma alternativa viável para solução deste problema, infelizmente, não podemos obrigar nossa população a adotar crianças ou adolescentes, porém podemos através da Educação ensiná-los a respeitar e valorizar nossas crianças.
A situação é tão caótica, que mães entregam seus filhos aos abrigos durante a semana e os apanha apenas nos fins de semana, para poderem exercer alguma atividade laboral, ou seja, os abrigos também funcionam como deposito de crianças, sabemos que a qualidade de vida nas cidades brasileiras deixa muito a desejar, mas, nunca imaginamos que a situação tivesse atingido um ponto tão degradante.
Infelizmente, para aqueles jovens disponíveis a adoção, que não tiveram a felicidade de encontrar um lar, restou-lhes apenas a rua que inevitavelmente será seu destino após os 18 anos de idade.
Desempregados, sem abrigo e sem qualificação que o habilite como candidato ao emprego, a única via pavimentada e acessível a este jovem são a violência e os pequenos furtos como instrumentos encontrados para saciar a fome e quando as malhas do vicio o atingir, estes furtos terão que tornarem-se mais rentáveis, afinal além da fome, agora ele terá que sustentar o vício, restando-lhe apenas dois futuros: cadeia ou morte.
Em pleno século XXI, é inaceitável que situações como as descritas acima aconteçam, se não intervirmos no sentido de salvar estes jovens estaremos condenando as próximas gerações da nossa sociedade.


Bibliografia:


Constituição da República Federativa do Brasil: Texto Constitucional promulgado em 05 de outubro de 1988 - Subsecretaria de Edições Técnicas, Senado Federal, Brasília – DF – 2004.

Estatuto da Criança e do Adolescente, 5ª Edição - Subsecretaria de Edições Técnicas, Senado Federal, Brasília – DF – 2004.

Rousseau, Jean – Jacques – Emílio – Livraria Martins Fontes Ltda. São Paulo – SP - 1999
ANDRADE, M.M. Introdução à metodologia do trabalho cientifico: elaboração de trabalho na graduação.3 ed. São Paulo:Atlas,1998.

A relação Escola X Sociedade em pleno Século XXI

Acorda menino está na hora de ir para escola. Esta frase repetida milhares de vezes nos lares brasileiros vem comprovar que estamos investindo o tempo dos nossos filhos de forma diferente de nossos antepassados, no tempo dos nossos avós ou bisavós, escutaríamos: acorda menino está na hora de tirar leite (ordenhar).
Nunca dantes Rousseau (1712 – 1778), teve seus ensinamentos tão amplamente adotados, vemos finalmente a criança como criança; sabemos da sua necessidade de uma infância, completando todas as fases do seu desenvolvimento em busca de uma maturidade que outrora poderá ser crucial na hora de comandar nações, dirigir grandes grupos corporativos ou simplesmente entregar o tão esperado jornal matinal, com noticias ora previsíveis, porém leitura obrigatória de quem esta em um mundo que o conhecimento vale enquanto é novidade e pouco o detêm, pessoas são descartáveis como jornais do dia anterior, as Escolas deixaram de ser detentoras do saber para virarem deposito de crianças, muitas vezes versáteis em um mundo cibernético, porém leigas dos clássicos da literatura, que desconhecem o valor de uma boa leitura, confrontando interesses com professores “carrancudos” ora analfabetos digitais, que receberam como herança o bom e velho dicionário, quanto mais volumoso, mais valioso. Do outro lado professores “fúteis” que dominam o mundo cibernético com a mesma facilidade que se comunica com o alunado, que prefere saber quem sobreviveu ao ultimo paredão do BBB, acredita estar contribuindo para a felicidade geral da nação e tem seu dever cumprido se for o mais querido dos mestres, aquele que transforme os 50 minutos da sua aula em algo realmente prazeroso (mesmo que para acompanhar seu ritmo os alunos tenham que assistir qualquer lixo eletrônico, muitas vezes impróprio para suas idades).
O verdadeiro mestre é aquele que em cinqüenta minutos de aula consegue resgatar a literatura e ajuda o aluno a desenvolver um senso critico, que auxilia seus ensinandos a sempre perguntar: Para que quero isto? Por que isto acontece? A popularidade pode ser fútil, mas pode também ser verdadeira, daqui a quinze ou vinte anos quando nossos alunos estiverem avaliando suas vidas e resgatando sua história, de quem vocês acham que eles vão lembrar-se? Será que eles se lembrarão do professor fútil ou do verdadeiro? Será que a verdadeira gratidão não é a maior das recompensas de um professor? Qual professor que não fica lisonjeado ao encontrar com seus alunos e descobrir que eles conseguiram alcançar o tão almejado desenvolvimento intelectual? Isto prova que seus esforços não foram em vão?

domingo, 9 de agosto de 2009

REPÚBLICA: debates que conceituam a Justiça.

Para Sócrates a melhor forma de construção da idéia era em debates públicos, ele abordava determinada pessoa e através de perguntas buscava construir o conhecimento, o presente texto é o entendimento após a leitura do Livro I de “A República”, um maravilhoso debate entre: Sócrates, Céfalo, Polemarco, Trasímaco e Glauco.
O debate avança na definição do conceito de Justiça, afinal, o que é justiça?
O Poeta Píndaro (Píndaro {P…ndaroj} foi o mais brilhante poeta do século V a.C.. Nasceu numa província próxima a Tebas, provavelmente em 522 a.C., na pequena cidade de Cinoscéfalos, na Beócia. Era de família aristocrática e fez seus estudos em Atenas), acreditava que justo era aquele que tivesse levado uma existência justa e pura.
Tanto Céfalo quanto Polemarco corroboram com a idéia de Píndaro, afirmando que justiça é: Jamais enganar alguém ou mentir, ainda que inadvertidamente, nem ser devedor, quer de sacrifício aos deuses, quer de dinheiro a uma pessoa, ou seja, o homem justo é aquele que busca na retidão a linha imaginária para o seu caminhar, de certa forma seria uma evolução do pensamento haja vista que os mesmo acreditavam que o homem justo tem a obrigação de fazer o bem aos amigos e o mal aos inimigos.
Neste conceito, Sócrates mostrou que se pensássemos desta forma a justiça seria inútil, pois de que serve o médico para pessoas sadias? De que serve um piloto de navio para que não esteja navegando?
Sócrates em seguida esclareceu que o homem justo faz o bem a todos, sejam amigos ou inimigos, haja vista não ser licito fazer o mal a ninguém e em nenhuma ocasião.
Para Trasímaco, a justiça consistia na vantagem do mais forte, Sócrates então, mostrou que os mais fortes são os governantes e que estes podem determinar que se cumpram ordens que lhes desfavoreçam, assim sendo, sua vontade seria cumprida e a justiça não ocorreu, pois o mais forte levaria desvantagem.
Para Sócrates, a justiça consiste na virtude, enquanto a injustiça é marcada pelo vício.
Quem é Quem na República?

Mencionar as figuras da República é necessário tanto para a compreensão desta obra de Platão, assim como para destacar a importância de outros pensadores que formaram o pensamento filosófico grego.

Sócrates - Principal figura, na boca do qual Platão coloca seu pensamento. O encontro de Sócrates com os demais personagens se dá no Pireu, onde ele havia se dirigido com a finalidade de orar e constatar as festividades em honra à deusa Bêndis (Diana ou Ártemis) (327a). O local da discussão é a casa de Polemarco, irmão de Lísias e Eutidemos, filhos do velho Céfalo (327b).

Acompanham Sócrates os dois irmãos de Platão, Glauco e Adimanto; também Nicerato que figurará entre os personagens do Banquete. Este era filho do general Nícias que, em 421, celebrou o armistício na guerra do Peloponeso. Nicerato foi condenado a beber cicuta no mesmo período que Sócrates.

Polemarco - Filho mais velho de Céfalo, herdou deste a fábrica de escudos. À época dos Trinta Tiranos, foi também preso e obrigado a beber cicuta.

Lísias - Considerado juntamente com Demóstenes, um dos mestres da oratória clássica grega, foi condenado à morte com o irmão Polemarco. Conseguiu escapar e, ao regressar, processou Eratóstenes pela morte do irmão, no célebre sermão Contra Eratóstenes. É nessa obra que descreve a vida de seu pai Céfalo.

Céfalo - Nasceu em Siracusa – portanto, era meteco -, estabeleceu-se em Atenas e após trinta anos acumulou fortuna com uma fábrica de escudos; foi desapropriado pelos Trinta Tiranos. É Céfalo que convida Sócrates a vir com freqüência em casa para debater com seus filhos (329d).

Trasímaco - é o famoso sofista. Especialista na dialética, irrita-se com a ironia de Sócrates, no início da discussão sobre a Justiça (336d. 337a). Definirá a justiça como “a conveniência dos mais poderosos” (340b).
http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/analises_completas/a/a_republica; site acessado em 08 de agosto de 2009.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

AMOR É PROSA, SEXO É POESIA

Sábado, fui andar na praia em busca de inspiração para meu artigo de jornal. Encontro duas amigas no calçadão do Leblon:
- Teu artigo sobre amor deu o maior auê... – me diz uma delas.
- Aquele das mulheres raspadinhas também... Aliás, que você tem contra as mulheres que barbeiam as partes? – questiona a outra.
- Nada... – respondo. – Acho lindo, mas não consigo deixar de ver ali nas partes dessas moças um bigodinho sexy... não consigo evitar... Penso no bigodinho do Hitler, do Sarney... Lembram um sarneyzinho vertical nas modelos nuas... Por isso, acho que vou escrever ainda sobre sexo...
Uma delas (solteira e lírica) me diz:
- Sexo e amor são a mesma coisa...
A outra (casada e prática) retruca:
- Não são a mesma coisa não...
Sim, não, sim, não, nasceu a doce polêmica ali à beira-mar. Continuei meu cooper e deixei as duas lindas discutindo e bebendo água-de-coco. E resolvi escrever sobre essa antiga dualidade: sexo e amor. Comecei perguntando a amigos e amigas. Ninguém sabe direito. As duas categorias trepam, tendendo ou para a hipocrisia ou para o cinismo; ninguém sabe onde a galinha e onde o ovo. Percebo que os mais “sutis” defendem o amor, como algo “superior”. Para os mais práticos, sexo é a única coisa concreta. Assim sendo, meto aqui minhas próprias colheres nesta sopa.
O amor tem jardim, cerca, projeto. O sexo invade tudo isso. Sexo é contra a lei. O amor depende de nosso desejo, é uma construção que criamos. Sexo não depende de nosso desejo; nosso desejo é que é tomado por ele. Ninguém se masturba por amor. Ninguém sofre de tesão. O sexo é um desejo de apaziguar o amor. O amor é uma espécie de gratidão posteriori pelos prazeres do sexo.
O amor vem depois, o sexo vem antes. No amor, perdemos a cabeça, deliberadamente. No sexo, a cabeça nos perde. O amor precisa do pensamento.
No sexo, o pensamento atrapalha; só as fantasias ajudam. O amor sonha com uma grande redenção. O sexo só pensa em proibições: não há fantasias permitidas. O amor é um desejo de atingir a plenitude. Sexo é o desejo de se satisfazer com a finitude. O amor vive da impossibilidade sempre deslizante para a frente. O sexo é um desejo de acabar com a impossibilidade. O amor pode atrapalhar o sexo. Já o contrrário não acontece. Existe amor sem sexo, claro, mas nunca gozam juntos. Amor é propriedade. sexo é posse. Amor é a casa; sexo é invasão de domicílio. Amor é o sonho por um romântico latifúndio; já o sexo é o MST. O amor é mais narcisista, mesmo quando fala em “doação”. Sexo é mais democrático, mesmo vivendo no egoísmo. Amor e sexo são como a palavra farmakon em grego: remédio e veneno. Amor pode ser veneno ou remédio. Sexo também – tudo dependendo das posições adotadas.
Amor é um texto. Sexo é um esporte. Amor não exige a presença do “outro”; o sexo, no mínimo, precisa de uma “mãozinha”. Certos amores nem precisam de parceiro; florescem até mas sozinhos, na solidão e na loucura. Sexo, não – é mais realista. Nesse sentido, amor é uma busca de ilusão. Sexo é uma bruta vontade de verdade. Amor muitas vezes e uma masturbação. Seco, não. O amor vem de dentro, o sexo vem de fora, o amor vem de nós e demora. O sexo vem dos outros e vai embora. Amor é bossa nova; sexo é carnaval.
Não somos vítimas do amor, só do sexo. “O sexo é uma selva de epiléticos” ou “O amor, se não for eterno, não era amor” (Nelson Rodrigues). O amor inventou a alma, a eternidade, a linguagem, a moral. O sexo inventou a moral também do lado de fora de sua jaula, onde ele ruge. O amor tem algo de ridículo, de patético, principalmente nas grandes paixões. O sexo é mais quieto, como um caubói – quando acaba a valentia, ele vem e come. Eles dizem: “Faça amor, não faça a guerra”. Sexo quer guerra. O ódio mata o amor, mas o ódio pode acender o sexo. Amor é egoísta; sexo é altruísta. O amor quer superar a morte. No sexo, a morte está ali, nas bocas... O amor fala muito. O sexo grita, geme, ruge, mas não se explica. O sexo sempre existiu – das cavernas do paraíso até as saunas relax for men. Por outro lado, o amor foi inventado pelos poetas provinciais do século XII e, depois, revitalizado pelo cinema americano da direita cristã. Amor é literatura. Sexo é cinema. Amor é prosa; sexo é poesia. Amor é mulher; sexo é homem – o casamento perfeito é do travesti consigo mesmo. O amor domado protege a produção. Sexo selvagem é uma ameaça ao bom funcionamento do mercado. Por isso, a única maneira de controla-lo é programa-lo, como faz a indústria das sacanagens. O mercado programa nossas fantasias.
Não há saunas relax para o amor. No entanto, em todo bordel, FINGE-SE UM “AMORZINHO” PARA INICIAR. O amor está virando um “hors-d’oeuvre” para o sexo. O amor busca uma certa “grandeza”. O sexo sonha com as partes baixas. O PERIGO DO SEXO É QUE VOCÊ PODE SE APAIXONAR. O PERIGO DO AMOR É VIRAR AMIZADE. Com camisinha, há sexo seguro, MAS NÃO HÁ CAMISINHA PARA O AMOR. O amor sonha com a pureza. Sexo precisa do pecado. Amor é o sonho dos solteiros. Sexo, o sonho dos casados. Sexo precisa da novidade, da surpresa. “O grande amor só se sente no ciúme” (Proust). O grande sexo sente-se como uma tomada de poder. Amor é de direita. Sexo, de esquerda (ou não, dependendo do momento político. Atualmente, sexo é de direita. Nos anos 60, era o contrário. Sexo era revolucionário e o amor era careta). E por aí vamos. Sexo e amor tentam mesmo é nos afastar da morte. Ou não; sei lá... e-mails de quem souber para o autor.

Arnaldo Jabor
http://www.pensador.info/autor/Arnaldo_Jabor/

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

O QUE UMA ESCRITORA HOLANDESA FALOU DO BRASIL, LEIA COM BASTANTE ATENÇÃO!

Esse texto não é de minha autoria, me foi enviado por uma grande amiga, peço desculpas por não fazer referências ao autor, justifico que nâo o faço por desconhecimento de autoria.

Os brasileiros acham que o mundo todo presta, menos o
Brasil, realmente parece que é um vício falar mal do Brasil.
Todo lugar tem seus pontos positivos e negativos, mas no
exterior eles maximizam os positivos, enquanto no Brasil se
maximizam os negativos.
Aqui na Holanda, os resultados das eleições demoram horrores
porque não há nada automatizado. Só existe uma companhia
telefônica e pasmem!: Se você ligar reclamando do serviço,
corre o risco de ter seu telefone temporariamente
desconectado.
Nos Estados Unidos e na Europa, ninguém tem o hábito de
enrolar o sanduíche em um guardanapo - ou de lavar as mãos
antes de comer.
Nas padarias, feiras e açougues europeus, os atendentes
recebem o dinheiro e com mesma mão suja entregam o pão ou a
carne.
Em Londres, existe um lugar famosíssimo que vende batatas
fritas enroladas em folhas de jornal - e tem fila na porta.
Na Europa, não-fumante é minoria. Se pedir mesa de
não-fumante, o garçom ri na sua cara, porque não existe.
Fumam até em elevador.
Em Paris, os garçons são conhecidos por seu mau humor e
grosseria e qualquer garçom de botequim no Brasil podia ir
pra lá dar aulas de 'Como conquistar o Cliente'.
Você sabe como as grandes potências fazem para destruir um
povo? Impõem suas crenças e cultura. Se você parar para
observar, em todo filme dos EUA a bandeira nacional aparece,
e geralmente na hora em que estamos emotivos. Vocês têm uma
língua que, apesar de não se parecer quase nada com a língua
portuguesa, é chamada de língua portuguesa, enquanto que as
empresas de software a chamam de português brasileiro,
porque não conseguem se comunicar com os seus usuários
brasileiros através da língua Portuguesa.
Os brasileiros são vitimas de vários crimes contra a pátria,
crenças, cultura, língua, etc... Os brasileiros mais
esclarecidos sabem que temos muitas razões para resgatar
suas raízes culturais. Os dados são da Antropos Consulting:
1. O Brasil é o país que tem tido maior sucesso no combate à
AIDS e de outras doenças sexualmente transmissíveis, e vem
sendo exemplo mundial.
2. O Brasil é o único país do hemisfério sul que está
participando do Projeto Genoma.
3. Numa pesquisa envolvendo 50 cidades de diversos países, a
cidade do Rio de Janeiro foi considerada a mais solidária.
4. Nas eleições de 2000, o sistema do Tribunal Regional
Eleitoral (TRE) estava informatizado em todas as regiões do
Brasil, com resultados em menos de 24 horas depois do início
das apurações. O modelo chamou a atenção de uma das maiores
potências mundiais: os Estados Unidos, onde a apuração dos
votos teve que ser refeita várias vezes, atrasando o
resultado e colocando em xeque a credibilidade do processo.
5.. Mesmo sendo um país em desenvolvimento, os internautas
brasileiros representam uma fatia de 40% do mercado na
América Latina.
6. No Brasil, há 14 fábricas de veículos instaladas e outras
4 se instalando, enquanto alguns países vizinhos não possuem
nenhuma.
7. Das crianças e adolescentes entre 7 a 14 anos, 97,3%
estão estudando.
8. O mercado de telefones celulares do Brasil é o segundo do
mundo, com 650 mil novas habilitações a cada mês.Na
telefonia fixa, o país ocupa a quinta posição em número de
linhas instaladas.
9. Das empresas brasileiras, 6.890 possuem certificado de
qualidade ISO-9000, maior número entre os países em
desenvolvimento. No México, são apenas 300 empresas e 265 na
Argentina.
10. O Brasil é o segundo maior mercado de jatos e
helicópteros executivos.
Por que vocês têm esse vício de só falar mal do Brasil?
1. Por que não se orgulham em dizer que o mercado editorial
de livros é maior do que o da Itália, com mais de 50 mil
títulos novos a cada ano?
2. Que têm o mais moderno sistema bancário do planeta?
3. Que suas agências de publicidade ganham os melhores e
maiores prêmios mundiais?
4. Por que não falam que são o país mais empreendedor do
mundo e que mais de 70% dos brasileiros, pobres e ricos,
dedicam considerável parte de seu tempo em trabalhos
voluntários?
5. Por que não dizem que são hoje a terceira maior
democracia do mundo?
6. Que apesar de todas as mazelas, o Congresso está punindo
seus próprios membros, o que raramente ocorre em outros
países ditos civilizados?
7. Por que não se lembram que o povo brasileiro é um povo
hospitaleiro, que se esforça para falar a língua dos
turistas, gesticula e não mede esforços para atendê-los bem?
Por que não se orgulham de ser um povo que faz piada da
própria desgraça e que enfrenta os desgostos sambando. É! O
Brasil é um país abençoado de fato.Bendito este povo, que
possui a magia de unir todas as raças, de todos os
credos.Bendito este povo, que sabe entender todos os
sotaques. Bendito este povo, que oferece todos os tipos de
climas para contentar toda gente. Bendita seja, querida
pátria chamada Brasil!!Divulgue esta mensagem para o máximo
de pessoas que você puder. Com essa atitude, talvez não
consigamos mudar o modo de pensar de cada brasileiro, mas ao
ler estas palavras irá, pelo menos, por alguns momentos,
refletir e se orgulhar de ser BRASILEIRO!!!

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

FALTOU DIZER NÃO ... Um alerta para todos os pais

Um alerta a todos os pais, atuais e futuros!!!
Texto da psicóloga Lenita Faissal. Merece uma reflexão

FALTOU DIZER NÃO - por Lenita Faissal

O que pode criar um monstro? O que leva um rapaz de 22 anos a estragar a
própria vida e a vida de outras duas jovens por Nada?

Será que é índole? Talvez, a mídia? A influência da televisão? A
situação
social da violência? Traumas? Raiva contida? Deficiência social ou mental?
Permissividade da sociedade?
O que faz alguém achar que pode comprar armas
de fogo, entrar na casa de uma família, fazer reféns, assustar e desalojar
vizinhos, ocupar a polícia por mais de 100 horas e atirar em duas pessoas
inocentes?

O rapaz deu a resposta: 'ela não quis falar comigo'.

A garota disse não,
não quero mais falar com você.
E o garoto, dizendo que ama, não aceitou um
não.
Seu desejo era mais importante.

Mas ontem, enquanto não conseguia dormir pensando nesse absurdo todo,
pensei que o não da menina Eloá foi o único. Faltaram muitos outros nãos
nessa história toda.

Faltou um pai e uma mãe dizerem que a filha de 12 anos NÃO podia namorar um
rapaz de 19.
Faltou uma outra mãe dizer que NÃO iria sucumbir ao medo e ir
lá tirar o filho do tal apartamento a puxões de orelha.

Faltou outros pais
dizerem que NÃO iriam atender ao pedido de um policial maluco de deixar a
filha voltar para o cativeiro de onde, com sorte, já tinha escapado com
vida.
Faltou à polícia dizer NÃO ao próprio planejamento errôneo de mandar
a garota de volta pra lá. Faltou o governo dizer NÃO ao sensacionalismo da
imprensa em torno do caso, que permitiu que o tal sequestrador conversasse
e chorasse compulsivamente em todos os programas de TV que o procuraram.
Simples assim. NÃO.
Pelo jeito, a única que disse não nessa história foi
punida com uma bala na cabeça.

O mundo está carente de 'nãos'.

Vejo que cada vez mais os pais e professores
morrem de medo de dizer não às crianças.
Mulheres ainda têm medo de dizer
não aos maridos ( e alguns maridos, temem dizer não às esposas ).
Pessoas
têm medo de dizer não aos amigos.
Noras que não conseguem dizer não às
sogras, chefes que não dizem não aos subordinados, gente que não consegue
dizer não aos próprios desejos.

E assim são criados alguns monstros.
Talvez
alguns não cheguem a sequestrar pessoas. Mas têm pequenos surtos quando
escutam um não, seja do guarda de trânsito, do chefe, do professor, da
namorada, do gerente do banco. Essas pessoas acabam crendo que abusar é
normal e é legal.

Os pais dizem, 'não posso traumatizar meu filho'.
E não é raro eu ver
alguns tomando tapas de bebês com 1 ou 2 anos.
Outros gastam o que não têm
em brinquedos todos os dias e festas de aniversário faraônicas para suas
crias.
Sem falar nos adolescentes. Hoje em dia, é difícil ouvir alguém dizer não,
você não pode bater no seu amiguinho.
Não, você não vai assistir a uma
novela feita para adultos.
Não, você não vai fumar maconha enquanto for
contra a lei. Não, você não vai passar a madrugada na rua.
Não, você não
vai dirigir sem carteira de habilitação.
Não, você não vai beber uma
cervejinha enquanto não fizer 18 anos.
Não, essas pessoas não são companhias pra você.
Não, hoje você não vai ganhar brinquedo ou comer salgadinho e chocolate.
Não, aqui não é lugar para você ficar.
Não, você não vai faltar na escola
sem estar doente.
Não, essa conversa não é pra você se meter. Não, com isto
você não vai brincar.
Não, hoje você está de castigo e não vai brincar no
parque.
Crianças e adolescentes que crescem sem ouvir bons, justos e firmes NÃOS
crescem sem saber que o mundo não é só deles. E aí, no primeiro não que a
vida dá (e a vida dá muitos ) surtam.
Usam drogas. Compram armas. Transam
sem camisinha. Batem em professores. Furam o pneu do carro do chefe. Chutam
mendigos e prostitutas na rua. E daí por diante.

Não estou defendendo a volta da educação rígida e sem diálogo, pelo
contrário. Acredito piamente que crianças e adolescentes tratados com um
amor real, sem culpa, tranquilo e livre, conseguem perfeitamente entender
uma sanção do pai ou da mãe, um tapa, um castigo, um não.

Intuem que o amor
dos adultos pelas crianças não é só prazer - é também responsabilidade.
E
quem ouve uns nãos de vez em quando também aprende a dizê-los quando é
preciso.
Acaba aprendendo que é importante dizer não a algumas pessoas que
tentam abusar de nós de diversas maneiras, com respeito e firmeza, mesmo
que sejam pessoas que nos amem.

O não protege, ensina e prepara.

Por mais que seja difícil, eu tento dizer não aos seres humanos que cruzam
o meu caminho quando acredito que é hora - e tento respeitar também os nãos
que recebo.
Nem sempre consigo, mas tento. Acredito que é aí que está a
verdadeira prova de amor.
É também aí que está a solução para a violência
cada vez mais desmedida e absurda dos nossos di