quinta-feira, 20 de maio de 2010

A relação Escola X Sociedade em pleno Século XXI

Acorda menino está na hora de ir para escola. Esta frase repetida milhares de vezes nos lares brasileiros vem comprovar que estamos investindo o tempo dos nossos filhos de forma diferente de nossos antepassados, no tempo dos nossos avós ou bisavós, escutaríamos: acorda menino está na hora de tirar leite (ordenhar).
Nunca dantes Rousseau (1712 – 1778), teve seus ensinamentos tão amplamente adotados, vemos finalmente a criança como criança; sabemos da sua necessidade de uma infância, completando todas as fases do seu desenvolvimento em busca de uma maturidade que outrora poderá ser crucial na hora de comandar nações, dirigir grandes grupos corporativos ou simplesmente entregar o tão esperado jornal matinal, com noticias ora previsíveis, porém leitura obrigatória de quem esta em um mundo que o conhecimento vale enquanto é novidade e pouco o detêm, pessoas são descartáveis como jornais do dia anterior, as Escolas deixaram de ser detentoras do saber para virarem deposito de crianças, muitas vezes versáteis em um mundo cibernético, porém leigas dos clássicos da literatura, que desconhecem o valor de uma boa leitura, confrontando interesses com professores “carrancudos” ora analfabetos digitais, que receberam como herança o bom e velho dicionário, quanto mais volumoso, mais valioso. Do outro lado professores “fúteis” que dominam o mundo cibernético com a mesma facilidade que se comunica com o alunado, que prefere saber quem sobreviveu ao ultimo paredão do BBB, acredita estar contribuindo para a felicidade geral da nação e tem seu dever cumprido se for o mais querido dos mestres, aquele que transforme os 50 minutos da sua aula em algo realmente prazeroso (mesmo que para acompanhar seu ritmo os alunos tenham que assistir qualquer lixo eletrônico, muitas vezes impróprio para suas idades).
O verdadeiro mestre é aquele que em cinqüenta minutos de aula consegue resgatar a literatura e ajuda o aluno a desenvolver um senso critico, que auxilia seus ensinandos a sempre perguntar: Para que quero isto? Por que isto acontece? A popularidade pode ser fútil, mas pode também ser verdadeira, daqui a quinze ou vinte anos quando nossos alunos estiverem avaliando suas vidas e resgatando sua história, de quem vocês acham que eles vão lembrar-se? Será que eles se lembrarão do professor fútil ou do verdadeiro? Será que a verdadeira gratidão não é a maior das recompensas de um professor? Qual professor que não fica lisonjeado ao encontrar com seus alunos e descobrir que eles conseguiram alcançar o tão almejado desenvolvimento intelectual? Isto prova que seus esforços não foram em vão?

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